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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Ensaio sobre a chuva

Há no outro, no grande Outro, algo de indesculpável. indivisível de nós mesmos. Como quando se cruza  uma tempestade, e subitamente todos os ossos se sacodem. Osso é íntimo, intrínseco (e só) A pele formiga se eriça onde medem-se os traços rabiscando rotas nos pelos planos, fugas. é função dos olhos mareados que veem antes de tudo o dever de revelar-se Fragilizar-se para existir O sol sai (é sua natureza) mas és tu, todo feito de relâmpago e ventania sopro transatlântico geométrico geográfico és tu o Outro a desvelar-se só ao mundo (ao mundo todo e ao vento)