Noite adentro

É madrugada
e me reparo
atento
aos
teus olhos
insones,
assustados,
suportando
sobre si
o peso
de outros
olhos
ainda
mais
generosos.

Feito fonte,
verte
tua água
qual o néctar
soberano,
seiva,
leite
ou
saliva
dos
embriagados,
poucos,
quase
tolos,
pregados
às janelas.

Diluídos
e náufragos
dos temporais
transversais,
ocasionais
do ópio
e do
álcool.

É madrugada,
noite adentro
e você
também.

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