Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2016

Paixão;

Imagem

Anonimato & Paixão

Matando-te todos os dias em excessos, camas e corpos outros, alheios (desviantes) e anônimos de nossa fina trágica loucura. Tocam-me o cenho, torso, o ombro nu desvelando-se trêmulo aos afagos clandestinos do enamoramento, desfazendo o nó e o fel do nosso tempo. Olham-me nos olhos esses outros, talvez com certa previdência do sabor amargo que é tua lembrança. ou Talvez entendam, aqui é o poema. E o próprio corpo do poeta é poesia.

Força d'agua

Toca meu corpo e eu viro água, escorro livre até seus lábios, mesmo que me negues a força d'agua abre passagem.

Manifesto ao amor

Pela vida secreta dos garotos de olhos fixos virados inconsoláveis para baixo, pelo temor púbere dos jovens viciados em exposição fácil e gratuita das redes sociais, pelas pessoas bondosas e cívicas que civicamente atacam com ódio, pelos moribundos nunca mortos, e por isso escondidos atrás das pontes, nas esquinas, bêbados e trêmulos e loucos da caridade pessoal, pelos que morrem de amor, e morrem e choram e sobrevivem, e gastam no pente lágrimas ácidas de ácidos não batidos, por mulheres lindas e negras, e lindas todas as mulheres que choram e sofrem e são oprimidas, pelos homens que não sofrem, não choram e por isso são impedidos de sentir, embora sejam apegados às suas barbas, pelos poetas apaixonados, e por serem poetas apaixonados, dão mais do que recebem, e recebem menos do que sentem, pelo amor que pareça pouco, porque sempre é pouco o amor que percebemos, mas que seja maior que os prédios metropolitanos cheios de falsa segurança e seguranças com olhos atentos a nada,