Marginais Imaculados
O opressor
funga no cangote,
enquanto
enviadescemos
mais a cada dia,
como um gesto
ao retrocesso,
gozamos etéreos,
pelas esquinas.
Reencontramos
no brilho das
(trans) marginais
recortadas do mundo,
o símbolo perdido da luta,
enquanto cidades
cinza-chumbo
erguidas, pelo labor
negro das mãos
choram e chovem
o sabor metálico
e indigesto
do meu povo.
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